quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ENCONTRO 21 – TP6 – unidades 23 e 24 – OFICINA 12

No dia 16 de outubro, nos encontramos para estudar as unidades 23 e 24 do caderno de Teoria e Prática 6.
Iniciamos o encontro com a dinâmica “QUEBRA-GELO”, muito interessante para estimular uma discussão e reflexão sobre determinado assunto. A partir da dinâmica, refletimos muito sobre a importância de se resgatar e cultivar valores nas famílias e reforçá-los nas escolas, hoje em dia bastante ausentes nos lares, devido a organização dos mesmos, ao pouco tempo de convívio pais/filhos, à despreocupação de certos pais em relação a seus filhos,... com isso, deixando a desejar em muito no cultivo de valores através do exemplo, da vivência, da convivência,...
Debatemos, analisamos e refletimos estratégias de correção e escrita, assunto abordado na unidade 23 do TP6. Através de slides elaborados por mim, intitulados “Produção textual e revisão”, e da leitura do texto complementar “A chave para o bom texto: revisão”, de Maria A. Medeiros, realizamos ótimas reflexões.
A revisão realizada pelo próprio autor é fundamental na produção de um bom texto. É necessário que o professor construa com seus alunos estratégias básicas de revisão, observando: situação de comunicação, interlocutor(es), objetividade, substituição de palavras, expressões adequadas, clareza de ideias, pensamentos, vocabulário, entre tantos outros pontos, dependendo do nível de produção do aluno.
Também é fundamental que o professor utilize estratégias variadas de revisão e correção, adaptando-as e aperfeiçoando-as de acordo com a turma e suas necessidades mais urgentes, sempre cuidando para não expor o aluno perante a turma.
Os alunos devem desenvolver a habilidade de observar, questionar e ouvir o que o autor do texto tem a dizer, o que o autor está dizendo.
À medida que o assunto foi sendo discutido, inúmeras estratégias e atividades de revisão e correção utilizadas pelas professoras cursistas foram sendo colocadas, entre elas:
· Produção textual em um rascunho, no primeiro momento;
· Revisão do rascunho por parte do autor e também professor;
· Reescrita do texto;
· Reescrita de textos de autores anônimos ou não, melhorando-o, inividual e/ou coletivamente;
· Ordenação de parágrafos e frases em um texto;
· Texto lacunado;
· Reescrita e/ou transcrição de variados gêneros textuais;
· Trabalhos em dupla, no qual um aluno lê para o outro o seu texto, e a dupla reflete sobre o que foi lido;
· ...
Com as reflexões, confirmou-se a importância de trabalhar a revisão e correção das produções de forma que o aluno passe a perceber suas falhas, suas lacunas, o que pode ser aprimorado em seus textos. Para isso, o professor deverá discutir alguns pontos com seus alunos, de preferência individualmente, para ficar mais claro para cada aluno o que precisa ser melhorado, observado, o que merece maior atenção.
Assistimos, então, ao vídeo “Ler devia ser proibido”, para introduzir o estudo da unidade 24 do TP6, que trata da Literatura, da leitura literária.
Esta unidade nos remeteu às reflexões realizadas na dinâmica inicial deste encontro, no que diz respeito aos valores e seu cultivo pelo exemplo, pela convivência. Como é importante o exemplo do professor-leitor, da família-leitora, para que nossos alunos se tornem leitores também. As crianças e adolescentes são estimulados pelo que observam ao seu redor. Se conviverem em um ambiente familiar onde é hábito de seus integrantes o contato com livros ou outros suportes de leitura, certamente teremos alunos que leem.
Os alunos observam inconscientemente seus professores também, e deles “copia” hábitos, exemplos. Se o professor está lendo um livro, e comenta com seus alunos, leva o livro para a escola, também lê no horário de leitura (o que tem professores que não fazem. Muitos pensam que o horário de leitura é somente para que os alunos leiam, porém, se o professor não ler neste momento, perante seus alunos, estes não serão leitores, seguirão o exemplo do professor.), motiva seu aluno a ler também.
Também é fundamental que o professor indique obras, leve-as para a sala de aula, comente um pouco sobre elas, sobre seus autores... Isto também motiva os alunos a ler.
O Avançando na Prática, sugerido na seção 1 da unidade 23 foi aplicado e as professoras observaram que alguns de seus alunos tiveram certa dificuldade em localizar falhas, lacunas, isto na 5ª série. As professoras que aplicaram a atividade nas 7ª e 8ª séries perceberam que seus alunos foram mais críticos, conseguiram aprimorar os trechos selecionados com certa facilidade. Na 5ª série, este trabalho deve ser utilizado com mais frequência para que os alunos consigam avançar em suas reflexões.
Também foi aplicada por algumas professoras a atividade sugerida no avançando na prática da seção 2 da unidade 23, sobre gírias. Durante a realização da atividade, a maioria dos alunos produziu perguntas claras, tendo poucos que deixaram suas perguntas difíceis de compreender. Quanto às respostas, foram coerentes com as perguntas. As professoras aproveitaram as questões com lacunas para realizar questionamentos e reflexões em que a turma sugeria melhoras para estas questões. Convém ressaltar que os autores das perguntas não foram identificados, nem mesmo depois das questões terem sido respondidas.
Foi bastante interessante e envolvente a atividade do Avançando na Prática da seção 1 da unidade 24, do TP 6, sobre “Adolescentes, leitura e professores. Os alunos motivaram-se em ler os livros apresentados pelas professoras e a atividade acabou resultando em sessões de indicações de livros por parte dos alunos e professora, oralmente no sistema de som da escola e através de propagandas por eles criadas.
Foram citadas diversas atividades do AAA6, que são muito interessantes, tanto para o aluno, em termos de dinamicidade, como para o desenvolvimento de seu conhecimento. Várias atividades estão sendo aproveitadas pelas professoras, com algumas adaptações, dando assim, continuidade ao trabalho que está sendo desenvolvido.
Para finalizar o encontro, assistimos ao vídeo “O Matuto no Cinema”. Foi divertido e ao mesmo tempo, tem relação com os estudos realizados e o que será trabalhado nos próximos encontros.

Andréa Cristine Haupt

Dinâmica: Quebra-gelo
Cada cursista retira uma frase incompleta de uma caixinha e completa-a por escrito, procurando expressar seus verdadeiros sentimentos, idéias e opiniões.
Exemplos de frases interessantes para serem completadas:
Caminho sozinho pelas ruas da cidade, olho em volta e observo que...
Hoje eu queria apenas...
É muito difícil nos dias de hoje...
Depois de um dia cansativo eu gosto de...
Ah! Como eu gostaria de...
Meu dia fica completo quando eu...
Quando estou triste, gosto de...
Neste momento a primeira sensação que tenho é...
Quando estou em paz comigo mesmo gosto de...
Como eu gostaria de reviver o dia...
Dias felizes são aqueles em que eu acordo e...
O meu maior sonho é...
A minha felicidade eu gostaria de dividir...
Minha maior alegria é...
Quando estou cansado e quero sair da rotina eu...
Eu me sinto completamente feliz quando...
Quando eu cheguei a esta sala o detalhe que mais me chamou a atenção foi...
Nesta cidade a gente passa, a gente olha, a gente...
Quando abro a janela do meu quarto eu vejo...
Se o tempo voltasse atrás eu gostaria...
Num segundo momento, após todas terem completado suas frases, com a turma sentada em círculo, para que torne o clima mais propício e um ambiente mais informal, propor que leiam a frase já completa.
À medida que as cursistas vão apresentando suas frases, debater sobre cada uma delas provocando-as a darem suas opiniões e expressarem seus sentimentos.
Pode-se aumentar ou diminuir as perguntas e o debate, de acordo com o interesse da turma e o tempo disponível.
COM OS ALUNOS, OUTRAS ETAPAS PODEM SER UTILIZADAS:
A terceira etapa é mais individual. Todos devem completar todas as frases, lembrando de frisar a importância de colocar sua verdadeira opinião, o que passou exatamente em sua mente ao ler o início da frase.
A partir desta atividade os alunos perceberão que a escrita nada mais é que uma forma de registrar seus pensamentos, idéias, sentimentos, para que outras pessoas possam ter acesso.
O professor pode corrigir gramaticalmente e ortograficamente, juntamente com os alunos, cada frase, caso sinta que há necessidade e que permanece o interesse pela atividade.
Interessante: Caso haja o engajamento e interesse esperado por parte dos alunos, pode ser elaborado um texto coletivo, onde o professor através das falas, opiniões dos alunos vai reproduzindo por escrito em um cartaz ou no próprio quadro, orientando sempre, procurando usar ideias e frases de todos.
Durante todas estas etapas o professor terá inúmeras chances de trabalhar ortografia e gramática, aproveitando as construções também para a revisão.
Será, sem dúvida, uma experiência agradável, diferente e prazerosa para todos.

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